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sexta-feira, 1 de abril de 2016

BARES DE ABAETÉ


 
Fonte: Foto de Antônio Carlos via facebook- Bar Brasília década de 50
Bares que já se foram

...Há vários anos as pessoas brincavam com a expressão: "Não é aqui não, é lá no Có!". O Có em questão era o proprietário do Bar Café do Ponto situado no centro da cidade pouco acima da Farmácia Moura. Ali era de fato ponto de ônibus usado pela Sertaneja e também pelo Ônibus Lotação. O Có residia no local, aos fundos. Suas vitrines eram lotadas de rebates e balcões com toda sorte de doces, balas e bombons.
...Ao lado da Igreja Matriz funcionou um rancho. O local era usado como restaurante e graças à sua grande estrutura era também um bar muito bem frequentado nos finais de semana. A comida era incrivelmente saborosa.
...Na Joaquina do Pompeu havia o Bar do José Miranda. O dono do local, um senhor alto, gentil e calvo gostava de um bom papo e sempre havia gente no seu bar. Muitos para comprar e muitos para papear. Ele caprichava nas quitandas e era o mais próximo de uma padaria que tínhamos nas redondezas. Porém o bar era mais conhecido como Bar do Zé Careca. As pessoas desavisadas que o chamavam assim (principalmente crianças) ele respondia sem perder a classe: Meu nome é José Miranda.
...O Kimbom Burguer situado ao lado do Abaeté Clube teve seus momentos de glória. Servia sanduíches, cerveja e bebidas de dose. Tinha apelo com o público jovem e era local bem frequentado principalmente nos finais de semana. Apesar disso o bar não conseguiu criar raízes: foi passando de um dono para o outro até baixar suas portas.
...O Bar do Demárcio era o concorrente do Ponto dos Artistas. Enquanto o Ponto dos Artistas priorizava jogos de bilhar (um dos poucos bares de Abaeté a ter mais de uma mesa de sinuca) o Bar do Demárcio tinha um pequeno espaço utilizado para jogo de baralho. O bar era frequentado por fazendeiros, médicos (boa parte dos médicos velhos de carreira abaeteenses são também fazendeiros), bancários e artistas. Até mesmo os políticos influentes da cidade passavam algumas noites ali. Apesar da imponência o bar foi vendido. O novo dono, jovem e empreendedor visionário, atrai outro tipo de público e com isso o bar perdeu grande parte da sua identidade original. Curiosamente o novo dono, Fábio (Fabinho) havia comprado o bar Café do Ponto (Bar do Có) que funcionava nas adjacências. como forma de expandir seus negócios fechou o Café do Ponto e passou para a estrutura do Bar do Demárcio.
...O Bar do Jovem funcionava perto do Posto Ipiranga próximo à Igreja Matriz. Era um pequeno bar que durante o dia funcionava com pacato movimento. À noite ele contava com sua freguesia habitual formada tipicamente por amantes do Rock, Motociclistas e dos vários amigos de Joventino. O "Jovem" tem semelhança física com o cantor Latino e é pessoa incrivelmente carismática. Exímio Barman costumava montar sua barraca de bebidas no carnaval e chegou a ser entrevistado pela TV Alterosa em uma dessas ocasiões, Há pouco tempo, Jovem, fechou o bar e deu um passo adiante montando uma Lanchonete próximo ao Bar do Fabinho. Com isso seu antigo bar perdeu sua pegada original, mas o Tigão abriu um bar no Bairro São Pedro absorvendo esse público alvo.
...Como seria bom podermos ver novamente o passado para matarmos a saudade desses lugares que nos marcaram. Eles são parte de muitos de nós e lembramos dele como se fosse uma pessoa que já se foi. Não é por acaso que comércios são chamados legalmente de pessoas jurídicas (embora nem todos tem o registro em questão).
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Texto by: .:Seven Lavide.:

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