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quarta-feira, 2 de julho de 2014

MAIS E MAIS SABEDORIAS DO AMIGO HERCULANO

DEDO DO CAPETA
(Euphorbia tirucalli)
 


 
A planta tipo cacto, também conhecida por aveloz, dedo do diabo, graveto do cão, figueira do diabo, etc. possui em seus galhos uma seiva leitosa, tipo látex, muito usada em tratamento e queima de verrugas. Está sendo usada também em tratamento de redução de tumores cancerosos, em forma de chá, através de diluição do látex em água em quantidade mínima. Por ser uma planta muito tóxica é necessário cuidados especiais em seu manuseio. O látex em contato com os olhos pode ocasionar danos irreversíveis a visão.
Tenho umas verrugas renitentes que já resistiram a tratamento com vários tipos de medicamentos. Em minhas caminhadas, encontrei no meio do canteiro da Avenida Milton Campos a árvore da foto. Comecei o tratamento das verrugas, toda tarde passo por lá, destaco e quebro um galhinho e coloco o leite em cima das verrugas no braço. Se der resultado passo adiante.
Nota: Apenas uso; não receito, indico ou recomendo a ninguém, posto aqui meus parcos conhecimentos botânicos e fitoterápicos a título de curiosidade.
ERVA DE SANTAMARIA
(Chenopodium ambrosioides)

 Quando criança, a erva de Santa Maria, também conhecida por mastruz, ambrósia, formigueira, etc. eram abundantes em nosso quintal, verdadeira praga, hoje raramente se vê. É uma planta medicinal, pertencente á família do espinafre, é utilizada para fins cicatrizantes através da maceração das folhas junto com sal e aplicada nos locais das feridas. Com leite tem ação anti-helmíntica (combate aos vermes), seu chá é indicado no tratamento de anginas, tuberculose, hemorróidas, asmas e úlceras estomacais. Por conter substâncias laxativas, é utilizada em tratamento de prisão de ventre e gases.
Segundo algumas fontes, tem várias contra-indicações: pode provocar dores de cabeça, é abortiva, pode causar problemas respiratórios, convulsões e até coma, quando ingerida em grandes quantidades.
A foto foi tiradas de plantas que nasceram espontaneamente em um buraco na calçada perto de minha casa.
 BUCHA VEGETAL
 (Luffa cylindrica)
A nossa popular bucha de banho, nativa em qualquer tipo de terreno, é uma trepadeira, parente do pepino e da melancia Embora útil, não é muito valorizada em nossa região. É uma eficaz substituta das buchas sintéticas ou manufaturadas. Para banhos e arrancar “macuco”, é a campeã. É também eficiente nas lavações de louças e panelas. Nasce espontaneamente em terrenos baldios, pelas sementes carregadas pelo vento, pelos de animais, etc. Se desenvolvem em cercas de arame, bambus, produzindo frutos (buchas) de até um metro e vinte de comprimento. Suas folhas, flores e sementes são usadas medicinalmente para prevenção de doenças como: Asma, bronquite, anemias, hemorragias entre outras. É usada ainda em artesanato, como bucha para cargas de espingardas carregadas pelas bocas dos canos, do tipo pica-pau, fulminante e “soca-soca” .
Quem diria que nossa popular buchinha de banho tivesse tanta utilidade...
Como ela se desenvolve em terrenos agrestes, inóspitos, diz-se que ela “dá” muito e fácil. Quando uma mulher é fogosa e fuleira, os vizinhos falam:
“A fulana dá mais do que bucha na cerca”...
 ALGODÃO
Fotografei esse pé de algodão nativo ao lado da casa do Sr. Vicente Grotta, na avenida Dr. Carlos Valadares, é a última ou a primeira casa da cidade. Fiquei me lembrando que o cultivo do algodão (cotonicultura) foi uma das maiores fontes de renda do município na década de 1950. Com o surgimento da SAAL (Sociedade algodoeira de Abaeté Limitada) garantindo a compra do produto, fazendeiros e ruralistas “meteram os peitos” no plantio. A empresa funcionava onde é o antigo prédio da Itambé. O sabão da SAAL era famoso na região, a semente do algodão tinha mais valor do que o próprio (dela se extraia o óleo que, além de comestível, tinha várias outras utilidades). O algodão era também utilizado pelas fiandeiras, que compravam o algodão bruto e o beneficiavam: “descaroçavam”, cardavam e fiavam, vendendo os novelos para as tecedeiras que os tingiam, e confeccionavam cobertas, tapetes, panos rústicos para calças grosseiras que, apesar de desconfortáveis, duravam uma vida.
Todo ano na época da colheita, caminhões transportavam verdadeiras levas de trabalhadores para as plantações: homens, mulheres até crianças. Era um trabalho temporário, porém rendoso. Aí o dinheiro que era raro, aparecia e circulava. Infelizmente vieram as pragas: o bicudo, a mosca branca, o curuquerê, a lagarta rosada...
Hoje não tenho notícia em nossa região de que alguém ainda cultive o algodão. Parece que definitivamente acabou o ciclo do algodão pelo

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