Espaço criado para divulgar a história de Abaeté, uma pequena cidade do interior de Minas Gerais: sua origem, suas festas,suas belezas, suas praças e suas crenças.
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segunda-feira, 5 de agosto de 2019
terça-feira, 16 de julho de 2019
...E O NOSSO JORNAL CAMINHA PARA AS ULTIMAS EDIÇÕES
NOSSO JORNAL: 24 ANOS DE JORNALISMO E MEMÓRIA
Rita Arruda
O jornal
da Christiane, o Nosso Jornal, está
completando 24 anos, bodas de Opala.
A Opala é um mineral raro e muito atraente, pois possui variações de cores sem
igual, além disso tem uma beleza única. E assim tem sido a união desse
periódico com seus assinantes e legentes: um casamento que alcançou atração,
encantamento, fascínio, sedução, cumplicidade e muito sucesso.
E é assim
que vejo a Folha Comunitária de Abaeté que decidiu fechar as portas por um
tempo indeterminado: com seu brilho próprio
foi conquistando preciosos leitores e muitos admiradores espalhados além
do Marmelada e do São Francisco, muito além das montanhas de Minas Gerais e do
Oceano Atlântico.
Anos de
luta mas também anos de alegria. Períodos cinzentos mas também muitas
primaveras. 24 anos de crescimento, quase 300 meses de estudos e indagação,
mais de 850 dias de uma vigília constante para levar a notícia até cada um de nós.
E assim foram 24 anos buscando a informação no
cotidiano e nos velhos baús, nas lembranças guardadas cuidadosamente por Marias
e Josés, nos casos e causos contados nas inúmeras praças, abrigo daqueles que
gostam de uma boa prosa.
Foram 24 anos diminuindo a saudade dos que aqui não puderam ficar, contando a história dessa
cidade centenária mas cantada e eternizada como uma cidade menina.
Foram 24
anos resgatando a memória dessa terra que há 142 anos carrega o nome da
tribo guerreira que existiu na beira do rio dos diamantes.
Foram 24
anos descobrindo talentos que anonimamente andam por nossas calçadas, desenham
e moldam a argila, trabalham a madeira dando vida a imagens, enche de cores as
brancas telas de outrora, poetizando o amor, atravessando rios e oceanos mas
guardando na bagagem a lembrança dos que ficaram nesse chão hospitaleiro.
Foram 24 anos de narrativas,
relatos, contos e crônicas... contados e recontados, buscados incansavelmente
nas grossas paredes de barro dos belos casarões que ainda restam, escondidos
nos casebres anônimos de artistas também anônimos ou não, cantados no hino
composto por Modesto, grande professor e também pai do Nosso Jornal.
Foram 24 anos de trabalho
ininterrupto em busca de notícias, fazendo jornalismo sério, encontrando
colaboradores comprometidos que transformaram o sonho de um pequeno grupo num
sonho coletivo. Sonho bem sonhado e com torcedores apaixonados.
Foram 24 anos revivendo
doces ou não muito doces lembranças, promovendo o encontro dos que se
desencontraram nas curvas dessa vida, matando saudades, marcando presença em
todos os pequenos e grandes acontecimentos da menina prendada do centro oeste
mineiro.
Foram 24 anos de parceria,
ideias surgidas com hora marcada ou por acaso, fotografias saídas de arcas
empoeiradas ou buscadas diariamente na casa de cada um de nós que amamos essa
cidade de nome aguerrido.
Foram 24 anos ganhando
mundo, encurtando a distância daqueles que vivem longe daqui e esperam ansiosamente
encontrar noticias de quem partiu, de
quem chegou ou apenas ficou para continuar a construção da nossa Polis querida.
E assim o Nosso Jornal foi
virando gente grande...mas agora sentiu que é chegada a hora de partir em busca
de novas paisagens, novas energias, novos desafios...
Dá uma dor no peito mas chegou
a hora de sonhar novos sonhos, de colher frutos com outros sabores, de
mergulhar na profundidade de um novo verso. Avante Christiane, novos tempos
estão a lhe sorrir!!! Novas portas estão sendo abertas para você, querida
jornalista.
Ah! Já sinto saudades... mas
saudade também é inspiração que dependendo do momento pode se transformar em
música, dança ou poesia. Aguente firme até amanhã quando o sol então sairá das
tuas nuvens sombrias e terás aconchego no colo quentinho do presente que se
anuncia.
O Nosso Jornal é parte da
história da nossa cidade, é fonte de pesquisa obrigatória pra quem ama a nossa
terra, é um pouco de cada um de nós e hoje parte deixando um enorme vazio mas
guardando para a eternidade a trajetória de várias gerações que escreveram e
continuam escrevendo a biografia de
Abaeté.
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