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terça-feira, 27 de novembro de 2012

ALUNOS DA PROFESSORA IAIÁ VIEIRA

Fonte: Arquivo particular de Zélia A. Arruda

Alunos do 1º ano primário da professora Iaiá Vieira, Grupo Escolar "Frederico Zacarias" na década de 1930.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

SALVE ABAETÉ!!!



                                           Salve Abaeté!!!
Rita Arruda

Parabéns Abaeté! 135 anos carregando o nome guerreiro da tribo que existiu na beira do rio dos diamantes.

Parabéns Abaeté! A cada ano um motivo a mais para amar essa terra já centenária mas cantada e eternizada como uma “cidade menina”.

Motivos simples, razões que só o coração abaeteense pode sentir, pois as nossas maravilhas se encontram no coração das pessoas, no sorriso sincero, na simplicidade da nossa gente, na felicidade de quem escolheu aqui para morar...

Cidade hospitaleira que encanta os visitantes.

Povo festivo, berço de violeiros e sanfoneiros apaixonados, congadeiros e bandas animadas.
Pracinhas aconchegantes com bancos de madeira ou cimento  convidando jovens e adultos  para um bate papo à moda da cidade.

Cadeiras na calçada que ainda permitem até um cochilo no final da noite tendo como teto a beleza de um céu estrelado ou a companhia e inspiração de uma lua cheia.

Vizinhos que são irmãos camaradas, café fumegante e saboroso servido com o tradicional pão de queijo feito e assado na hora.

Quitandas famosas, doces e doceiras de fama, queijo redondo, polvilho da roça e rapadura.
Festas religiosas e seculares com leilão e procissão, cavalgadas, desfile de carros de bois mantendo a tradição da região.

Gente bonita e alegre, carnaval que dizem ser um dos melhores de Minas.

Festa de Nossa Senhora do Rosário, represa e balneário, feira de gado, artesanato e feirinha das terças-feiras e sábados.

Bombons caseiros deliciosos, canjica temperada nas noites frias de junho, bolo de fubá , biscoito de queijo e aos domingos frango com quiabo.

Singelas belezas, igrejas e capelas, artistas e cantadores, causos contados debaixo das gameleiras.

Povo alegre que sabe e gosta de receber bem os seus visitantes...

.... e ainda mais 135 motivos para amar Abaeté: terra dos apelidos, poetas e escritores, benzedeiras e a famosa Folia de Reis.

Mas quem ama também cuida  e nós temos problemas que exigem cuidados e uma solução a curto tempo: a área verde da cidade; o lixo jogado nos lotes e periferia da cidade causando mal cheiro e contaminação. Falta lazer e incentivo ao esporte para adolescentes e jovens. As calçadas estão interditadas por entulhos das construções ou mercadorias, dificultando a vida dos pedestres principalmente dos mais idosos; animais abandonados pelas ruas .

A saúde, o trânsito e as esquinas perigosas, bicicletas na contramão e nas calçadas, a Lagoa Sanitária ...

Falta incentivo para a cultura e um local para guardar a memória dessa terra amada.

São muitos os problemas mas não faltam os Silvas, os Sousas e Souzas, os Pereiras e Ferreiras, Noronhas e Ribeiros, Zicas, Arrudas, Oliveiras... abaeteenses  guerreiros e guerreiras para lutar e escrever uma história  cheia de graça e ar puro alicerçada no crescimento sustentável, com participação política, comprometimento com o bem estar da nossa sociedade... 

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

ABAETÉ E AS PRAÇAS DE ANTIGAMENTE...

Fonte: Antiga praça Rui Barbosa, hoje praça Dr. Canuto.

Sentar no banco da praça, conversar com os amigos, sentir a brisa da tarde enquanto o passarinho faz calmamente o seu ninho.

Assim são as praças. Lugar de convívio, fundamental para a vida saudável de uma cidade, elas acolhem a todos.

Espaço onde todos os dias  os encontros acontecem...

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

ABAETÉ DESENHADA PELOS ALUNOS DA ESCOLA MUNICIPAL "SENADOR SOUZA VIANA"

Vivemos uma era de colecionadores.Registramos e guardamos tudo (...) No espaço público, os arquivos crescem, as datas comemorativas se multiplicam, a necessidade de placas de recordação e monumentos são permanentes (...) 
  (JELIN, 1998: 9 )

 Fonte: Rita Arruda- 2003

Os desenhos foram feitos pelos alunos da Escola Municipal "Senador Souza Viana" em 2003 para uma exposição em comemoração ao aniversário da cidade.

Além de registrar a nossa história também mostram o talento dos nossos adolescentes e jovens.

ANIVERSÁRIO DA CIDADE DE ABAETÉ



Fonte: Fotos da praça Dr. Amador Álvares- novembro/2012- Rita Arruda.

Parabéns Abaeté! 135 anos carregando o nome guerreiro da tribo que existiu na beira do rio dos diamantes.

Parabéns Abaeté! A cada ano um motivo a mais para amar essa terra já centenária mas cantada e eternizada como uma “cidade menina”.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

O BLOG É NOTÍCIA EM REVISTA DE HISTÓRIA

No início de 2012  Gilberto Cézar de Noronha ( Doutor em História Social. Professor Adjunto da Universidade Federal de Uberlândia – Inhis-UFU) e a professora Rita Arruda fizeram inscrição para participar do I Simpósio Internacional de História Pública organizado pelo Departamento de História da USP.

A comunicação foi aceita e se encontra no Caderno de Resumos do evento (página 85) que aconteceu em julho deste ano.


"A HISTÓRIA E SEUS PÚBLICOS: SOBRE AS FORMAS DA
HISTÓRIA NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
Gilberto Cézar de Noronha (UFG); Rita Maria Arruda Ferreira (SEE-MG)

O objetivo da comunicação é discutir as possibilidades de estudo/ensino, 
pesquisa e divulgação do conhecimento histórico através das novas tecnologias 
da informação. Para tanto, pretende-se tomar como ponto de partida a 
experiência de constituição de um weblog com temática regional colocado no 
ar em 2010, como uma iniciativa de professores da Educação Básica da rede 
estadual de Minas Gerais. A ideia do projeto surgiu como parte das discussões 
de um Grupo de Desenvolvimento Profissional criado na E.E. “Dr. Edgardo da 
Cunha Pereira”, em Abaeté-MG que discutia e investigava novas estratégias de 
ensino para o letramento cujos resultados ultrapassaram os limites da educação 
básica. O Blog iniciou-se como um projeto pouco ambicioso que, ao longo de 
seus 30 meses foi cada vez mais seduzindo leitores, seguidores, comentadores 
e colaboradores que, de vários lugares do Brasil e do mundo, passaram não 
apenas a comentar e sugerir, mas também enviar fontes primárias e obras 
historiográficas sobre a cidade-tema. A experiência trouxe à tona discussões 
que interessam a todos os historiadores e ao futuro de nossa disciplina: as 
potencialidades das novas linguagens e novas formas de organização das 
narrativas historiográficas, os desafios e possibilidades da utilização das TI’s 
como forma de arquivamento, organização, acesso e divulgação de fontes 
históricas e como espaço de interpretação colaborativa dos processos históricos. 
Aponta, ainda, para a necessidade de aprofundamento das reflexões sobre 
o lugar da história na sociedade contemporânea em que se multiplicam as 
potencialidades de arquivamento e suscitam discussões sobre as funções sociais 
da memória e da educação histórica."


O trabalho continuou e agora um artigo foi aceito e publicado pela Revista Histórica- A  Revista Eletrônica do Arquivo Público do Estado de São Paulo, nº 56, nov. 2012.

Com o título  DAS FORMAS DA HISTÓRIA E SEUS PÚBLICOS NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO (página 51), o artigo fala das tecnologias do mundo moderno para pensar e divulgar a história  e consequentemente a história da cidade de Abaeté.

Leia o texto no link abaixo:
http://www.arquivoestado.sp.gov.br/historica/edicoes_ateriores/pdfs/historica56.pdf

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

PAU D'ÓLEO

Pau D'Óleo
Fonte: Foto Rita Arruda- novembro/2012

Adaptar-se à nova Escola estava sendo difícil. Primeiro, fora mandada para a sala de Dona Anita Cordeiro, depois de uma semana fora transferida para a turma de Dona Mariazinha. 

Esta era melhor professora do que a irmã, a Anita. Dona Mariazinha tinha cabelos totalmente brancos e o mais importante, entusiasmo em ensinar. Levava para a sala de aula as suas coleções especiais: casulos de bicho da seda, pedras de diferentes tamanhos, cores e texturas e...milagre dos milagres!!! Em sua sala havia uma biblioteca e os livros eram emprestados todas as sextas-feiras. Era permitido levá-los para ler em casa. 



Na sala de aula, tudo perfeito, mas fora, na hora do recreio era um desastre. Ainda não conhecia ninguém, não tinha amigos, não sabia o que fazer nem aonde ir. Muito tímida, observava as outras crianças a correrem, brincarem, conversarem e se sentia extremamente só. 



Lá na outra Escola, na pequena cidade onde antes morara, havia estudado por dois anos e meio e conhecia professores e alunos. Tinha amigos, era aceita... Ali, na cidade grande era um desafio a cada manhã. 


Sua mãe a acordava bem cedinho. Ela se preparava, pegava seus livros e ia até a esquina, que era um encontro de quatro ruas. Ali havia uma grande árvore. Um “PAU D´ ÓLEO. Ali, ela parava com a desculpa de checar seu material. Olhava para um lado, pro outro, sentava-se nas grandes raízes expostas e esperava para ver se passava alguém que conhecesse. Vã esperança. Ninguém... ninguém. 

Então reunia seu senso de responsabilidade, toda a coragem que tinha, sua vontade de aprender, seu desejo pelos livros da biblioteca da Dona Mariazinha e ia para a Escola. Marcha lenta, contando os passos. Talvez chegasse atrasada e não pudesse entrar, talvez não tivesse aula, ou... ou.. 

Quantas e quantas vezes a tentação de ficar sentada debaixo da árvore, ou de nela subir e se esconder entre os grandes galhos a consumia, mas no fim, fazia sempre o que era certo. Ia para a Escola. 

O tempo tudo cura e trás soluções. Assim, em alguns meses, começou amizade com Sther, sua colega de carteira, e com a Eustáquia, que estudava em outra sala, mas era sua vizinha de rua. 

A vida seguiu o seu curso normal. Mas o Pau D ÓLEO continuou presente em sua vida. No final de tarde, sua nova amiga Eustáquia, os irmãos dela, as crianças da rua e ela ali se reuniam. Brincavam de roda, de pique esconde, contavam histórias e escutavam as músicas que vinham do rádio da vendinha da esquina. 

Sempre que se encontrava sozinha com sua árvore, ela a acariciava ternamente, agradecida por ter sido sua primeira amizade e primeiro conforto na “vida de cidade”.
                            ( Autora: Conceição Aparecida de Carvalho )

Conceição Ap. de Carvalho nasceu em Paineiras mas foi criada em Abaeté tendo estudado na E. E. "Barão do Indaiá" e Colégio Nossa Senhora de Fátima.Trabalhou como professora na Escola "Barão do Indaiá" e  na década de 70 se mudou para Lavras.

E foi exatamente a busca por uma foto do Pau D'Óleo que trouxe essa quase abaeteense para me ajudar a escrever a história de Abaeté e região.

Obrigada Conceição, por me permitir publicar o seu conto com cenário e personagens tão meus conhecidos.