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sábado, 14 de novembro de 2020

GERALDO ROSA DA TRINDADE

ELEIÇÕES.....FESTA DEMOCRÁTICA E TENSÃO

Sempre gostei muito de política, e quando criança na época de eleições, brincava com os primos de sermos candidatos a Prefeito, uns eram do PSD (Partido Social Democrático) e outros da UDN (União Democrática Nacional). Mais tarde ARENA (Aliança Renovadora Nacional) e MDB (Movimento Democrático Brasileiro). Era época do bipartidarismo, quando apenas dois partidos detinham a hegemonia dos processos eleitorais. Me lembro de algumas eleições para Prefeito de Abaeté e estas me marcaram muito porque torcíamos para um ou para o outro candidato, minha família tinha as suas preferências, tinham as suas vocações partidárias. Eleições muito vivas na minha memória são dos Dr. Aluísio da Cunha e Dr. Carlos Geraldo Valadares; foram realmente festas democráticas e embora ainda eu não votasse, vivenciava todo aquele movimento de campanha e curtia muito. Já adulto e morando em outra cidade, ainda voltei duas vezes para votar, pois mantive meu domicílio eleitoral em Abaeté por um longo período. Na época da Faculdade de Direito, por iniciativa de estudante, passei a gostar mais ainda de política, mas de uma forma mais analítica e mais racional. Porém, política é uma combinação de fatores que fogem à lógica da razão ou da análise. Apesar de tudo, continuo gostando muito de política, mesmo com tantos adjetivos que a política e o multipartidarismo trouxeram ao longo dos anos.

Voltando à nossa querida Abaeté, o bipartidarismo era motivo para separar as relações familiares e provocar muita tensão e até morte, em meio à festa da democracia. Praticamente eram duas famílias "mandantes" na política, ou seja, eram dois sobrenomes que dominavam o poder. Das famílias próximas às duas famílias detentoras do poder, também saíam os representantes da Câmara de Vereadores e os demais cargos de confiança, como Secretários, Delegado Municipal, Juiz de Paz e outros.

Segundo meus familiares do passado (pai, tios, avós), embora as eleições fossem realmente uma festa democrática era um período de muita "tensão", pois as pessoas estavam sempre se exaltando por causa de seus Partidos Políticos ou Candidatos. Há que se lembrar que naquela época, boa parte dos homens andavam armados e aqueles que eram os chefões ou mandatários, mantinham alguns seguranças (jagunços mesmo!), prontos para o que desse e viesse.

Há casos na minha família, em que numa véspera de eleições municipais, alguns desses "seguranças" de Partidos Políticos, invadiu residências de parentes e confiscou os seus Títulos Eleitorais sob ameaças (armas de fogo), e só os devolveu no dia seguinte na boca da urna. Parece absurdo que isso ocorria na nossa querida cidade, até a década de 1960, mas é a mais pura verdade, contada por que as vivenciou.

Hoje vivemos numa época de multipartidarismo ou pluripartidarismo, onde cada cidadão tem direito a escolher livremente, seu Partido Político e seus Candidatos a quaisquer que sejam os cargos. Embora estejamos vivendo uma fase de radicalismo e extremismo de todas as frentes partidárias e ideológicas, ainda assim teremos no dia 15 de novembro de 2020, mais uma oportunidade de escolher os nossos governantes e os nossos legisladores municipais.
Acompanho a distância e sei que a nossa querida Abaeté, conta com 5(cinco) candidatos a Prefeito e vários candidatos a Vereador. Dessa forma, fruto do processo democrático, não faltarão opções pra que o cidadão abaeteense não faça do seu direito de escolha (voto) um lixo, consequentemente da Urna, uma lixeira.

Escolha os seus candidatos pensando na cidade e em todas as pessoas que nela habitam. Pense que a sua escolha interferirá na vida de todos.
Façam dessas Eleições, uma Festa Democrática, sem Tensão!

Esse texto foi publicado no Grupo Fotos Antigas de Abaeté no dia 07 de novembro de 2020.

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