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domingo, 21 de novembro de 2010

ABAETEENSE FÁBIO JR.

Fábio Jr.

Origem Abaeté MG
Ocupação Estudante e Ilustrador.

O jovem abaeteense Fábio cursa Design Gráfico na Fumec em Belo Horizonte e já podemos ver o seu nome e o da nossa cidade em uma das mais importantes revistas sobre o assunto: a Computer Arts.( A revista Computer Arts é inglesa mas possui versões publicadas em vários países, sendo um deles o Brasil.)

O seu trabalho foi um dos escolhidos entre milhares que são enviados todo mês de várias partes do mundo e isso mostra a importância de aprimorar o conhecimento, acreditar no talento e fazer bem feito.

Parabéns Fábio!Até ano passado você passeava tranquilamente pelas ruas de Abaeté, mas já sabia que era necessário atravessar o Rio Marmelada e o São Francisco em busca do seu sonho. E o seu sonho já começou a ser desenhado nas belas páginas que agora estão espalhadas por todo país.

Confira o trabalho do nosso conterrâneo na 39ª edição da revista Computer Arts Brasil e veja a sua belíssima criação que recebeu o nome científico de Bill Scarpumanus .

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

SENADOR SOUZA VIANA.

Fonte: Arquivo da E. M. " Senador Souza Viana".

Dr. José Cândido de Souza Viana, mais tarde Senador Souza Viana, nasceu em Curvelo (MG) no dia 07 de novembro de 1855 e faleceu no dia 11 de fevereiro de 1943 em Abaeté (MG).

Cursou Medicina no Rio de Janeiro tendo se formado em dezembro de 1882.


Fonte: Arquivo da E. M. " Senador Souza Viana".

Em junho de 1888 foi agraciado pela princesa Isabel com o título de Oficial da “Ordem da Rosa” pelos relevantes serviços prestados durante a epidemia da varíola.
Fonte: Arquivo da E. M. " Senador Souza Viana".
Obs.: A Imperial Ordem da Rosa é uma ordem honorífica brasileira criada pelo imperador Dom Pedro I para perpetuar a memória de seu matrimônio com D. Amélia de Leuchtenberg e Eischstaedt . O desenho foi idealizado por Jean – Baptiste Debret e segundo alguns historiadores o artista teria se inspirado nos motivos de rosas que ornavam o vestido de D. Amélia em retrato que lhe fora enviado da Europa, ou com o qual teria desembarcado no Rio de Janeiro ou ainda nas flores do vestido de casamento.
Esta Ordem servia para premiar militares e civis, nacionais e estrangeiros, que se destacassem por sua fidelidade à pessoa do imperador e por serviços prestados ao Estado, e comportava um número de graus superior às outras ordens brasileiras e portuguesas, então existentes.
De 1829 a 1831 o imperador D. Pedro I concedeu apenas 189 insígnias, mas D. Pedro II, em seu extenso período de reinado ( 1840-1889) chegou a agraciar, com esta ordem, 14.284 cidadãos.
"http://pt.wikipedia.org/wiki/Imperial_Ordem_da_Rosa"

Casou-se com Dona Faustina de Oliveira Campos filha de Teófilo Ezequiel de Oliveira Campos e de dona Faustina Carolina Álvares da Silva ( filha do barão do Indaiá) com quem teve três filhos: Alda, Oscar e José Vianna.

Fixou residência em Abaeté em 1892.

Entrou para a política municipal em 1897 e foi eleito presidente da Câmara dos Vereadores e Agente Executivo sendo reeleito por vários mandatos. Posteriormente foi eleito Senador da República.

Foi responsável pelo planejamento da cidade sendo a planta feita pelo engenheiro Dr. Francisco Palmério ( pai do escritor Mário Palmério).

Com o apoio do Dr. Argemiro Itajubá instalou os moinhos de vento para o abastecimento de água na cidade. Os moinhos foram instalados em quatro pontos diferentes sendo um deles no Largo da Matriz e outro no Largo do Comércio.
Fonte: Largo do Comércio - data desconhecida.
Arquivo R. Arruda.

O Senador Souza Viana não era abaeteense mas aqui construiu a sua história e ajudou a construir a história da nossa cidade: como médico, administrador ou simplesmente como cidadão.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

PARABÉNS, ABAETÉ!

AEscola Estadual “ Dr. Edgardo da Cunha Pereira” comemorou o aniversário da cidade com uma bela expoAsição de fotos antigas e atuais de Abaeté.




As comemorações tiveram início com o Hino Nacional e em seguida o Hino da Cidade apresentado pelos alunos da Escola Estadual “Barão do Indaiá” – um show de apresentação.



Alunos e convidados no pátio da escola.





Fonte: Fotos Arquivo Rita Arruda- novembro/2010.

Parabéns à direção da escola, professores e alunos pelo excelente trabalho realizado demonstrando a preocupação em resgatar e registrar a nossa história.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

ABAETÉ: 133 ANOS DE CIDADE.

Muitos anos depois de escrever sobre a minha cidade, me arrisco novamente a tal tarefa por ocasião do seu 133º aniversário como cidade e 137º de emancipação política.

Andando pelas ruas da cidade numa tarde de domingo pude apreciar a cidade nova que está surgindo. São belas casas e modernos edifícios que agora se espalham por toda parte.

O cartão postal da minha infância e adolescência não existe mais...

Ficou para trás a rua do Capim, a rua do Cerrado, as charretes conduzindo o leite para a “vaquinha”, o apito da Itambé acordando Abaeté,os encontros na porta do cinema. Ficou para trás o animado carnaval dos blocos e das fantasias, o fogão a lenha fazendo picumã no telhado, as serenatas em noite enluarada, a minha juventude vivida com alegria e simplicidade.

Agora são novos tempos. O carnaval traz turistas de toda parte que se divertem atrás do trio elétrico e nos camarotes. BH ficou mais perto e a maioria dos abaeteenses vão além do rio São Francisco ( a passeio ou em busca de um sonho). O tropel dos animais foi substituído pelo ronco dos automóveis e motocicletas. As águas da represa de Três Marias movimenta os finais de semana no Balneário Mangabas, os leilões de gado aquecem a economia, a faculdade facilita a busca do saber e novos rumos são traçados para o nosso povo.

Cidade planejada pelo Dr. Francisco Palmério a pedido do Senador Souza Viana, Abaeté hoje cresce em direção ao céu azul, quem sabe para ficar mais perto das estrelas ou talvez da lua,que ilumina e inspira poetas e compositores.

E nesta longa estrada de existência o velho vai sendo trocado pelo novo e sem nenhum pesar a história vai perdendo registros importantes e a memória sendo aos poucos esquecida ou apenas guardada em pastas amareladas que o tempo vai consumir.

Cidade centenária que tanto encanta e seduz, que busca ser “grande” sem deixar de ser “pequena”, você ainda pode resgatar a caminhada do seu povo, o brilho e a sabedoria de pessoas que deixaram sua marca neste chão abençoado. Ainda há tempo de aprender a valorizar o antigo sem desmerecer o novo, a conviver com a sombra da velha árvore cujas raízes são testemunhas de brincadeiras ingênuas e conversas ao pé do ouvido. De se orgulhar da velha casa, com suas inúmeras janelas de madeira já gastas pelo tempo, e um quintal repleto de flores e amores para quem ali passar.

Abaeté, minha cidade, minha vida, meu pedacinho do céu...





Estas fotos foram feitas numa tarde acinzentada e nada poética mas mostra a cidade que se ergue em direção ao céu.

Fonte: Fotos Rita Arruda - outubro/2010.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

BARÃO DO INDAIÁ.

Barão do Indaiá- Primeiro presidente da Câmara Municipal de Abaeté.

Antônio Zacarias Álvares da Silva ( mais tarde Barão do Indaiá) nasceu na cidade de Pitangui, a 5 de novembro de 1821 e faleceu em Abaeté no dia 25 de agosto de 1901.

Era filho legítimo do Major Antônio Álvares da Silva e de D. Ana Felisberto de Oliveira.

Em 15 de maio de 1847 casou-se com D. Isabel Carolina da Cunha Sampaio com quem teve muitos filhos (1) sendo que muitos dos seus descendentes ainda vivem em Abaeté e alguns conservam o “Álvares da Silva” ou apenas “ Álvares”.Ele ainda teve 2 (dois ) filhos naturais : Dr. Antônio Zacarias Álvares da Silva ( Dr. Nico) e Frederico Zacarias Álvares da Silva ( Sinhô).

Lutou pela emancipação do nosso município e foi ele o primeiro presidente de nossa Câmara Municipal onde atuou de 1873 a 1881.

Em 02 de agosto de 1879 recebeu do Governo Imperial o título de Barão do Indaiá , em cujo documento dom Pedro,Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil faz saber:

"... O Coronel Antônio Zacharias Álvares da Silva d’aqui em diante se chame Barão do Indaiá, e que com o referido título goze de todas as honras, privilégios , isenções, liberdades e franquezas , que hão e têm , e de que usam e sempre usaram os Barões, e que de direito lhes pertencerem."

Era alto, um tanto magro, barba e bigodes crescidos, andar mole, voz grossa e forte.

Vivia ele, ora na fazenda Sant'Ana, ora na cidade, onde tinha uma casa no Largo da Matriz ( casa da Botica).

(1) Não consegui ainda averiguar com certeza o número exato de filhos legítimos do barão do Indaiá.

Fonte: OLIVEIRA, José Alves de.- História de Abaeté temperada com um pouco de sal e pimenta.- Belo Horizonte, Impr. Oficial, 1970, 8vo, 497 pp., il., brochura.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

ANIVERSÁRIO DA CIDADE.

Aproveitando a poesia de uma chuva fina que cai começo a remexer em velhos arquivos e encontro o primeiro texto que escrevi sobre Abaeté e que transcrevo abaixo.

Feliz Aniversário!

Na primeira metade do século XVIII, surge um pequeno povoamento, que mais tarde se transforma no Arraial Novo de Nossa Senhora do Patrocínio da Marmelada de Olhos d’Água.
Esse arraial vira distrito, vila e depois cidade. E assim, sem nenhuma pressa, nasce Abaeté.

Abaeté do Largo do Cruzeiro, dos ranchos de capim, da antiga Igreja com suas belíssimas torres. Da Companhia Força e Luz, da época em que se andava de jardineira e tinha Mazaroppi no cinema. Abaeté da UDN e do PSD. Do Abaeté Clube e do Nosso Clube. Da banda de música fazendo alvorada, do Marmelada de águas limpas e filhos talentosos espalhados por toda a Gerais.

Mas o tempo não pode esperar e, engatinhando nessa pressa de final de século, a nossa cidade sonha com o desenvolvimento. No lugar da igreja de duas torres está a nova Matriz. Não há mais cinema, nem postes no meio da rua, muito menos moinhos de vento.

Timidamente, a população cresce, as escolas aumentam, casarões são demolidos para a construção de prédios modernos. No lugar da antiga Santa Casa, está o Hospital São Vicente de Paulo. Chega o asfalto, CEMIG, TELEMIG, COPASA. Temos Policlínica, Casa da Gestante e Pronto Atendimento Médico. Aeroporto e telefone celular. Mas ainda é pouco para uma cidade cujos filhos esbanjam talento, brilho e inteligência. Para um povo que não teme o dia do amanhã. E, se somos capazes, precisamos lutar também por um espaço cultural e mais lazer para os nossos adolescentes, emprego para os nossos jovens, que, sem ter o que fazer, buscam no álcool e outros vícios uma diversão.

Precisamos ouvir os lamentos do Marmelada, que sofre silenciosamente com os abusos do homem, e unir forças para recuperá-lo Precisamos de um museu, para que a nossa história não fique esquecida, mas seja conhecida, e estudada pelas nossas crianças. Precisamos da união de todos os abaeteenses, na busca do crescimento da nossa região.

Novembro é o mês do seu aniversário. É tempo de comemorar. Mas também é tempo de lutar. É o momento de parabenizá-la, de falar da felicidade de ser abaeteense, mas também do sonho de vê-la cada vez maior, de vontade de fazê-la mais importante. Você ainda tem muito a percorrer, muitas saudades a matar, muitos casos para contar...Parabéns, Abaeté!

Escrevi este texto em 1998 e ele foi publicado na edição de novembro daquele ano por ocasião das comemorações do aniversário da cidade.

(Publicado em novembro de 1998- Nosso Jornal, folha comunitária de Abaeté. )