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sábado, 31 de janeiro de 2015

MAMÃE FAZ ANIVERSÁRIO!!!



Um pouco de mamãe    

 Maria Alexandrina Arruda das Mercês, Maria das Mercês, Nini... companheira inseparável do meu pai durante 55 anos, esposa dedicada, mãe zelosa, avó compreensiva e amorosa.

    Neta do Nego Arruda e do Juca do capão, nasceu na fazenda Bom Jardim, numa casa simples e bem pequena. Próximo, bem próximo da casa passava um córrego de águas límpidas e cujo fundo era calçado de pedras bem feitas. Na beira desse córrego mamãe e suas irmãs lavavam a roupa embaladas pela nostalgia e beleza do lugar.

     Fogão a lenha, muita simplicidade e até pouca escola já que ela e toda a irmandade conheceram as primeiras e únicas letras através de professores contratados para ensinar a leitura que lhe coube nessa vida. Mamãe entrou em uma escola de verdade pela primeira vez para nos matricular e sempre teve orgulho da sua vida nunca reclamou do pouco conhecimento que recebeu.

    Sua infância foi vivida na fazenda Bom Jardim, com pequenos e raros passeios que geralmente eram feitos em carro de bois e não ultrapassavam a fazenda do tio Ouvídio e da tia Catirina , que ficava no município da Abadia, hoje Martinho Campos.

    Desde cedo aprendeu a cozinhar, lavar a roupa, cuidar da casa e ser carinhosa e companheira dos mais velhos. Quando mocinha veio para a cidade aprender o corte e costura com a Carmita e aí pode desfrutar das coisas boas da vida urbana que tinha circo, cinema, amigas...

    Todo ano vovó rezava o terço de Santo Antônio. Ia gente da cidade e de toda a redondeza principalmente porque depois tinha pagode dos bons com muita dança, sanfona e viola afinada e ainda havia uma chance grande de encontrar a alma gêmea.

     Tinha muito foguete e vovô escolhia o pau maior que encontrava na fazenda para levantar o mastro com a imagem do santo toda enfeitada. A fogueira feita com toras bem grossas clareava em volta de toda a casa e ainda esquentava as frias noites do mês de junho.

     Para o terço era feita muitas guloseimas como biscoito, bolo e pão que era servido com café, leite adoçado e até licor. Mas também havia muita cachaça que era saboreada com gosto.

     O curral ficava cheio de cavalos e até mesmo carros de bois pois esses eram os meios de transporte para a estrada que levava até a fazenda. Mas, algumas pessoas iam a pé, apreciando a lua ou até brigando com a escuridão e os tropeços que aconteciam na volta para casa.

     Vovó fazia muitas promessas e por isso lá foi realizadas muitas festas religiosas como festa de Nossa Senhora do Rosário e Folia de Reis além dos terços. E todas regadas a muita comida gostosa e dança.

     Já dizia o sábio poeta: “eu era feliz e não sabia” e havia mesmo muita felicidade apesar do pouco conforto, da cama rústica com seu colchão de capim ou palha ragada e que muitas vezes dormia mais pessoas que cabiam nela... dos presentes que nunca ganharam, dos passeios que pouco aconteceram.

     A casa toda tinha apenas quatro cômodos, sendo uma cozinha com dispensa, uma sala grande e o quarto para abrigar o casal, os seis filhos e as visitas que recebiam com frequência. Só bem mais tarde construíram mais dois quartos e que hoje ficaram apenas na lembrança.

     Mamãe aprendeu a nadar ainda bem pequena e ainda mocinha aprendeu a dançar. Mas o que ela aprendeu mesmo foi a fazer comida gostosa, quitandas, um bom polvilho, rapadura, farinha de mandioca...

     Aos domingos não tinha missa na matriz mas tinha muita visita que acabava sempre num animado truco. Mas também haviam as idas até a casa do bisa Nego Arruda que ficava bem perto. Além de patriarca ele era curandeiro famoso na região ministrando purgantes que minha mãe ainda sente o gosto até hoje, realizava sangrias e curava muita gente na redondeza.

     As roupas eram feitas pela tia Mariazinha que confeccionava lindos vestidos de chita ou de riscados cujo tecidos eram comprados na casa Andrade, do Sô Manuelzinho e no Valdir Morato. Ou mesmo no Ângelo Defeo e Casa Moura.

    Tia Mariazinha foi acometida de paralisia infantil e passou a vida toda carregada pelas muletas mas isso não a impediu de costurar, mexer a tacha de cobre torrando farinha de mandioca, fazendo crochê. Gostava muito de batom de cor arregalada, rosto coberto de pó de arroz e prever o futuro principalmente dos parentes e amigos.

     Que saudades daquela terra que abrigou tanta gente querida e cujo chão eu pisei quando criança!!! Ainda lembro com saudades da casa sempre limpa, da laranjeira que tinha as laranjas mais gostosas que já vi nesse mundo, da paisagem que ainda guardo na lembrança.
    
    Ai que saudades eu tenho do ar puro do Bom Jardim, dos anos que não mais podem voltar...

   Ai que saudades da terra de toá, do cheiro bom do lugar, das águas frias que corriam mansamente pelos córregos, dos dias difíceis que mamãe enfrentava com tanta elegância.

   Lugar bonito demais, mas também não importa, o que vale é que mamãe nasceu aí. Andou pelos caminhos distantes , conheceu os atalhos e sempre que está saudosa conta histórias do lugar em que nasceu, da mãe que partiu cedo deixando órfãos seis frutos do seu ventre abençoado por Deus.

        Ah! Recordar é viver pode acreditar, faz bem para a alma dos apaixonados pela vida, dos amantes da poesia, das pessoas simples que sabem transformar a parede de barro e o chão batido na mais bela obra da arquitetura.

       Só uma coisa não tem escapatória temos que ser felizes custe o que custar, cumprir a nossa missão com um largo sorriso estampado no rosto apesar de todos os espinhos que naturalmente surgem pelo nosso caminho.

         Viva mamãe!

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

O QUE OS ABAETEENSES PENSAM DO CARNAVAL?


A questão é a seguinte. Não poderia de maneira alguma acontecer esse carnaval devido à falta de água. O povo não está enxergando o tamanho do problema que estamos passando. Nascentes secando pra todo lado, desperdicio contínuo pela população(lavando carros e passeios o tempo todo). Na zona rural falta ja falta agua, num periodo em que deveria estar sobrando. Acho que o Ministério Publico deveria intervir de maneira ferrenha impedindo essa barbárie, pois enquanto uns poucos sairão com muito, o resto da população que ficará aqui o restante do ano está condenada a pagar um preço muito alto. E que Deus nos ajude, pois se depender desses politicos e justiça, estamos todos ferrador.
(Marcelo Henrique de Almeida via facebook)

A moda agora é economizar água,eu não sei se a prefeitura e a copasa se fazem de cegos ou de bestas mesmo, pois o que mais eu vejo é lava- jatos lavando carros com água tratada na cidade,pra copasa não tem problema eles fazem a leitura e a conta já sai na hora pra pessoa pagar,e fica ai com hipocrisia pedindo o povo pra economizar enquanto as bombas estão só lavando carros o dia todo,fica a dica pra população de Abaeté.
 (Geraldo Magela via facebook)

Uma grande polêmica entre a população é com relação aos riscos de falta de água durante e após a festa. Segundo Antônio Múcio Caetano de Araújo, da Copasa, o consumo de água em Abaeté no carnaval chega a seis milhões de litros de água\dia. “É muita água para um Marmeladinha como o nosso, neste período de seca. Vamos trabalhar 24 horas direto no carnaval e torcer para não faltar água, porque, infelizmente, não há previsão de chuvas, nem de temperaturas mais baixas. Contamos com a conscientização da população, para economizar o máximo possível, evitando qualquer desperdício”, declara.
Ele diz que a Copasa não pode autuar as pessoas por desperdício de água, porque a situação “ainda” não é de calamidade pública. “É complicado, mas o que manda mesmo é a conscientização de cada um”, completa Antônio Araújo.
( http://www.nossojornalabaete.com.br/esta-chegando-o-carnaval-2015/)

 Hoje em dia o carnaval em Abaeté já faz parte da cultura da cidade, é tão esperado por parte de algumas pessoas que chega a ser admirável tal ato. São dezenas de pessoas envolvidas que não se pode querer fazer uma identificação junto a pessoas ou órgãos públicos - privados, carnaval é uma cultura popular, é de todos. A cidade por alguns dias ganha o glamour único, se identificando com o brilho que só ela tem, enriquecido pela beleza de lindas garotas e rapazes tanto da cidade como de visitantes. Portanto esta grande tenda, algo monumental montado no centro da cidade, passa a ser de fundamental importância para a cidade tanto cultural como econômico. E esta grande festa que fascina e encanta existe por levar a felicidade das pessoas, que retribuem com a alegria e o sorriso.
 (Rafael Costa Resende)


A grande questão é que as pessoas só discutem o problema do Carnaval quando o mesmo está para começar. Aí aparecem os palpites (prós e contras), aparecem pesquisas, dados econômicos, argumentos os mais diversos possíveis. Mas não aparece o principal: um debate sério, responsável e com a participação dos diversos segmentos da sociedade, de tal forma a evidenciar um retrato fiel da situação e apresentar soluções que possam minimizar os pontos negativos. Dados amadores e críticas sem uma base sólida só servem para acirrar os ânimos. Temos também que distinguir dois tipos de festa: a popular (pública) e a particular. Parece que essa segunda tem gerado mais críticas que a primeira, principalmente porque ela avança os limites do privado, misturando-se à festa popular, o que torna a discussão ainda mais complexa.
(Warle Francisco de Oliveira)

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

MAIS UM ANO DO BLOG ABAETEMG!!!

 https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiebeihC7NG6SOPJkJ2xOIZ_io2JPHMQAnZum4dx7K98yWXhZ920o_21nKPg8rKN10kr9fnb5urZpOQyeQ6o4nRENb0eNYvztyD7szvRH4Yy0Rf-0_0x8ceQ7Sv8KvZnUgcgsAqWP_Hjw17/s1600/bolo_aniversario+5.JPG
Muito suor, muita busca, muita história ainda para registrar.

Assim caminha o blog... misturando falta de inspiração, tempo e até mesmo pouco acesso à história antiga da cidade.

Salve! Cinco anos são muitos dias para escrever a história de abaeteenses que fazem história por onde passam.

Como já dizia o professor Modesto quando escreveu o hino de Abaeté:
E filhos ilustres, com brilho invulgar,
Estão espalhados por todo lugar,
É gente valente, de amor e de fé,
Que honra seu nome, querida Abaeté...

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

ACONTECE TAMBÉM EM ABAETÉ- MINAS GERAIS

Tentativa de assalto à Casa Lotérica 
Fonte: Nosso Jornal https://www.facebook.com/groups/354469834637679/ 

Abaeté, cidade pequena e centenária, cheia de praças e bons contadores de casos e causos está hoje intimidada diante os frequentes assaltos a bancos, comércios, agência lotérica e residências.

As casas antes cercadas por muros  baixos, cercas de arame ou taquaras de bambu hoje ostentam verdadeiras muralhas de concreto, câmeras, cercas elétricas e mais uma infinidade de recursos numa tentativa de proteger a família.

Vivi minha adolescência e juventude caminhando sem medo pelas ruas tranquilas e quando chegava em casa a porta estava apenas encostada esperando a minha chegada. Nem portão havia o que facilitava a entrada de jovens para fazer as famosas serenatas que na maioria das vezes era impulsionadas por grandes paixões.

Temos casos de idosos que são assaltados em plena luz do dia, roubos de pequenos objetos e o medo que antes existia apenas nas grandes capitais.

Alguns lugares pouco iluminados e até desertos amedrontam as pessoas que por ali precisam passar.

Pensando nos dias e noites tranquilas que ficaram no passado me pergunto se ainda dá tempo de mudar os rumos traçados por nós na atualidade. Será?



domingo, 11 de janeiro de 2015

QUINZINHO DO GAMELÃO.

O CAIPIRA QUINZINHO DO GAMELÃO E SEU PROGRAMA NA RÁDIO
  Quinzinho do Gamelão é um personagem caipira que tem um programa na 87.9 Atividade FM de Abaeté MG. O personagem é aquele caipira esperto, matreiro, que apesar de semi-analfabeto, conhece internet, possui celular e está sempre por dentro das novidades.
Certo dia estava ele “proseando” em uma praça com um conhecido, estava contando um de seus famosos “causos”, quando passou por eles uma mulher bonita e foi andando, olhando para trás. Foi lá na frente, parou, olhou de novo e voltou em direção deles. Nesse momento, Quinzinho já havia terminado o causo e os dois ficaram rindo. A mulher parou em frente aos dois e perguntou a Quinzinho:
-Posso fazer uma pergunta ao senhor?
-Perfeitamente, respondeu Quinzinho.
-Por acaso é o senhor que faz programa na rádio Atividade?
Ele rindo respondeu:
-Não sinhora, eu trabaio na rádio, quem faiz pograma é puta...
Ela também rindo continuou:
-Não é nada disso, é que eu pensei ter conhecido a voz do Quinzinho do Gamelão, do programa “Quinzinho show”...
-Sou ieu memo, sô o Quinzinho do Gamelão.
A mulher rasgou elogios ao programa, dizendo ser ouvinte assídua, pedindo um alô para ela no próximo programa. Quinzinho prometeu um alô e dedicar uma música no programa para ela.
Ela ao se despedir disse:
-Nunca iria imaginar que o senhor fosse o Quinzinho, já cruzei várias vezes com o senhor aqui nas ruas e não sabia...
Quando ela se foi Quinzinho comentou com o amigo:
-Despois oceis fala que eu sô mardoso, mas viu o que falô? Falô que já cruzô cumigo varias veis...Quem dera eu cruzá cum toicinhão daqueles...
* * *

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

PRIMEIRO CONCURSO LITERÁRIO "PROFESSOR MODESTO"- CATEGORIA POESIAS

1º lugar – Poesias

Pelas veias do Marmelada

mileneMilene Gabrielle de Faria (Pseudônimo: Menininha)   2º ano – CNEC


Correndo veio a menininha!
Com um olhar caloroso e contente
Adorava ir à feirinha
Como todo abaeteense…

Abaeté, de onde surgiu?
Veio de índio, é o que diz a gente…
Das margens do Marmelada que afluiu
Em uma tribo brava e valente.

O nome, não foi só o que herdou…
O povo é corajoso e competente
Amando a terra que os hospedou
Orgulho dizer: sou abaeteense.

O filho vai pra longe estudar
Vai bebê e volta adolescente
Diz: ai que saudade deste lugar!
Cidade menina, cidade revivescente.

Um dia, talvez hei de ir embora
Para as cidades florescentes
Ter que estudar sem demora
Mas voltarei ansiosamente.

Caminho agora por essas novas praças
Tanta beleza admiro confusamente…
Tudo mudou, tudo se encheu de graça!
A cidadezinha crescendo, simplesmente

No banco de pau a velhinha observa
O progresso veio em mente
A Abaeté abençoada não se conserva
Muda, transforma, enche de gente.

Cresce, menininha, cresce!
Enche de orgulho esse povo lindo
Mostra quão belo é esse suor que desce
Sou Abaeté progredindo

Vim das veias do Marmelada
Do cerrado resistente
Tocando os bois na geada
Ao som da viola contente

Sou de Minas, sou de palha
Sou Chico e índio orgulhosamente
Canto e vôo como gralha
Grito ao mundo: eu, abaeteense.


2º lugar – Categoria Poesias

RAP – ABAETÉ NOSSA CIDADE
EntonyEntony Sousa Pires (GTA Hamster)            
7º ano – E. M. Irmã Maria de Lourdes


Preste muita atenção
Vou falar pura verdade
Vou falar de Abaeté
Que é nossa cidade

A cidade assim surgiu
Às margens do Marmelada
Nosso ribeirão querido
Sou por ela apaixonada

A cidade foi crescendo
Cada vez mais aumentando
As crianças foram nascendo
E o povo só chegando

Vieram vários prefeitos
Cheios de boa intenção
Arrumaram carro público
Que se chama lotação

Já foi simples capelinha
A nossa igreja Matriz
Onde hoje é só beleza
É o que todo mundo diz

A festa do Congado
É nossa tradição
O povo todo empolgado
Mostra sua devoção

Do carnaval da cidade
Não podemos esquecer
Vem gente de todo lado
É coisa de enlouquecer

Minha rima também fala
Das coisas ruins da cidade
E isso tudo acontece
Por causa de tanta maldade

Com o progresso também veio
Desmatamento, muita poluição
Assaltos e muito receio
Dificultando a situação.

Já não tem tanta beleza
Velho, cansado e triste
Nosso rio Marmelada
Sozinho quase desiste

No futuro da cidade
A gente fica pensando
Ter mais responsabilidade
Pois a água está acabando

Agora para finalizar
Vou falar pura verdade
Quero somente valorizar
Minha querida cidade.


3º lugar – Categoria Poesias

ABAETÉ, CIDADE MENINA?

nick_reis1Nicolas Reis Silva (Nick Reis) – 6º ano. E. E. Frederico Zacarias

Abaeté, cidade menina,
Com tamboretes nas portas das casas
E árvores nas praças…
Todos os habitantes se conhecem

São amigos, coisa bonita de se ver.

Mas Abaeté está deixando
de ser menina.
Quer saber o porquê?

Tem um ladrão em cada esquina
E o perigo ronda…
A tranquilidade, cadê?


O Marmelada, que
um dia fonte de vida foi,
Hoje está quase desaparecido
Insetos incomodam a população
Muitos cães doentes e
abandonados,
Dá uma dor no coração!!!


Nossa cidade linda,
Que saudades…
A população tem que
se conscientizar,
Pensar, agir,mudar…



Ajudemos nossa cidade menina,
Que agora, na sua mocidade,
Clama por responsabilidade.
E vamos trabalhar direito,
O problema não é só do prefeito!



Veja mais sobre o concurso no site do Nosso Jornal  www.nossojornalabaete.com.br/o-resultado-1o-concurso-de-poesias-e-pequenos-textos-professor-modesto/

PRIMEIRO CONCURSO LITERÁRIO "PROFESSOR MODESTO"- CATEGORIA PEQUENOS TEXTOS

1º lugar – Categoria Pequenos Textos

Um Conto de Origem
biancaBianca Emanuelle Soares Oliveira (Pseudônimo Bia Fontinni)    6º ano – E. E. “Frederico Zacarias”


Duas tribos indígenas se localizavam a poucos quilômetros de distância uma da outra, separadas por um rio. Eram muito próximas na distância, porém seus caciques eram rivais e não permitiam que as populações se comunicassem.

Os dois caciques tinham uma característica em comum: ambos eram ambiciosos e queriam governar só para si.

Em uma delas morava um jovem índio chamado Aba, filho do cacique da aldeia. A principal virtude de Aba era a coragem, não tinha medo de nada.

Em uma tarde, Aba estava à margem do rio pescando, quando viu, do outro lado, uma jovem linda, com cabelos negros como a noite.

Ela retribuía os olhares admirados do rapaz com olhares admirados também, porém mais cautelosos. A troca de olhares seguiu por mais alguns minutos sem se ouvir uma palavra.

A noite começou a chegar, e a jovem se virou e foi para a sua aldeia. Aba queria gritá-la, mas não conseguia. Estava hipnotizado por um sentimento diferente: amor.

Nas tardes seguintes, os olhares viraram rotina. No terceiro encontro, Aba perguntou: “qual é seu nome?”. E a índia respondeu: “Eté”. Os dois estavam cegos de amor, que se esqueceram de que era um amor impossível de acontecer. 

O dia estava nublado, Eté não apareceu naquela tarde e Aba esperou até a noite cair. Voltou abatido para a sua aldeia.

A verdade é que o cacique que era pai de Eté descobriu os encontros dos dois jovens e, como castigo, prendeu Eté em uma oca.

Já havia duas tardes que os dois apaixonados não se viam. Então, Aba decidiu ir à aldeia procurar Eté. Atravessou o rio nadando com agilidade e correu para a aldeia onde morava sua amada.

Ao chegar, foi pego pelos guardas do cacique e levado até ele. Diante do cacique, Aba disse: “Quero ver Eté”. Mas o que o cacique fez foi dizer uma única palavra: “Morte”, sentenciando a execução de Aba.

Aba foi levado e seria queimado no final da tarde, no mesmo horário dos encontros. O sol ardente do meio-dia deixou ainda mais tenebrosa a fogueira, pronta para queimar.

Aba foi amarrado no tronco da fogueira e, sem dó, o cacique pegou uma tocha das mãos de um índio e atirou fogo nos galhos secos que rodeavam Aba na fogueira.

O índio deu apenas um grito, expressando dor e amor forjados em uma palavra: “Etééééééééééé”. E a morte o levou.

Ao escutar o grito da oca onde estava presa, Eté caiu aos prantos e mergulhou em uma profunda depressão. Seu pai, o poderoso cacique, se arrependeu do ato e tentou de tudo para animar sua filha Eté, mas nada teve efeito.

Em três dias, a jovem faleceu com um sorriso no rosto. Os sábios da aldeia disseram que ela deve ter visto seu amado Aba esperando por ela.

A tristeza tomou conta dois caciques pais, e eles encontraram a mesma solução para resolver a saudade dos filhos. Foi em um dia escuro e chuvoso, cada cacique em sua margem do rio, olharam um no olho do outro e pularam com o olhar fixo até a correnteza levá-los para o fim.

Os índios das duas aldeias entenderam os últimos acontecimentos como um aviso dos deuses para o fim dos conflitos e, agora que não tinham mais líderes para impedi-los, foram se aproximando aos poucos, até as duas aldeias virarem uma. Selaram a união das aldeias com o nome que a partir de agora mais representava união para eles: Abaeté.


2º lugar – Categoria Pequenos Textos
A PRACINHA E EU
vitor_moratoVítor Morato de Oliveira Andrade (Beto Lábia)   1º ano – CNEC


Ainda não eram duas horas da tarde quando cheguei à Praça Amador Álvares, a famosa Praça da Prefeitura, popularmente falando. O dia estava nublado, e o vento chegava com brisas suaves, formando um clima bastante agradável, que perfeitamente se misturava às magníficas gameleiras que até hoje perduram naquele local.

Domingo vazio no centro de Abaeté, onde os sons de meu caminhar eram raramente obstruídos por algumas poucas folhas que insistiam em se arrastar na calçada, sendo lentamente levadas pelo vento.
Sem perceber, estava sentado em um banquinho daquelas tradicionais mesinhas da praça, que parecem ter sido feitas sob medida para os jogadores de baralho. E, com um piscar mais fundo de olhos, comecei a imaginar tudo que havia ocorrido nos arredores daquele lugar.

Subitamente, as imagens apareciam em minha mente. Prefeitos entusiasmados eram empossados no clássico prédio da Prefeitura Municipal. Olhei para a rua e, sem hesitar, imaginava o patriótico desfile de Sete de Setembro, onde o som das marchas ecoava e organizações mais tradicionais de Abaeté demonstravam sem amor ao Brasil.

Havia também crianças correndo para todos os lados, algumas com os lábios sujos e todas com um sorriso no rosto. A princípio, tive dificuldade em reconhecer o que era aquilo, mas quando vi o trenzinho da alegria e um brinquedo de touro mecânico, disse comigo mesmo: Brincarte. As barraquinhas ilustravam a paisagem.

E, de repente, estava de noite. A intensa movimentação me chamava a atenção. Algumas pessoas rodeavam a praça, enquanto outras miravam as barracas, acompanhadas por uma música que tocava ao fundo. Dessa vez, fui mais rápido: a feirinha de terça-feira, que também acontece aos sábados de manhã.

Por fim, acabei me lembrando da própria mesa em que eu me encontrava. Há quanto tempo existem? Quantos emocionantes jogos de truco não teriam ali ocorrido? E a tradição de usá-las para o jogo, quando surgiu?

Perguntas que não consegui responder, pois, quando abri os olhos novamente, meu raciocínio se perdeu. E eu estava novamente sozinho, sem ter noção de quanto tempo estava sentado àquela mesa.

Tinha sonhado, claro. Mas sonhado com a realidade de nossa cidade.


3º lugar – Categoria Pequenos Textos
MEU ORGULHO
arthur_fariaArthur Faria de Paula (Piqué)   6º ano – CNEC

Desde o início de Abaeté, vão se formando verdadeiros abaeteenses. Abaeteenses não só de naturalidade, mas sim de orgulho. Viver em uma cidade em que o pessoal é hospitaleiro, acolhedor, e o melhor ainda é que todos se conhecem! Até o nome dá a característica à cidade: homem verdadeiro, na língua tupi-guarani.

A honra de ser abaeteense é enorme, porque comigo carrego a história de milhares de abaeteenses que superaram todas as suas dificuldades e um dia venceram na vida. Um exemplo disso é minha mãe, Raquel Faria. Ela sempre foi batalhadora, forte, uma pessoa muito exemplar. Hoje ela luta para dar a mim e à minha irmãzinha um futuro melhor.

Tenho de dar graças a Deus a tudo que tenho hoje, a minha grande família, por ter um avô assim como o meu, as minhas duas avós, meus tios e tias, padrinho e madrinha, primos e primas, pai e mãe.

O meu pai Ricardo, para mim, é o melhor tocador de viola que tem. Ele aqui em casa cuida da administração e está sempre ativo para nos atender, ou seja, ele é meu herói.
Seu eu pudesse escolher nascer de novo, eu queria ser Arthur Faria, ter uma mãe Raquel, um pai Ricardo e uma irmãzinha Ana Alice.

Não falei de minha família à toa, falei porque são exemplos de abaeteenses que venceram na vida, sem uma condição financeira muito boa, eles conseguiram! Por isso, me espelho neles e tenho o maior orgulho de ser comparado a eles!

Um dia, quero ouvir o meu filho ou minha filha falar: “Tenho orgulho de meu pai ser abaeteense, tenho orgulho de ser abaeteense!”

Isso foi só minha opinião do que a palavra “abaeteense” significa para mim.

Veja mais no site  http://www.nossojornalabaete.com.br/o-resultado-1o-concurso-de-poesias-e-pequenos-textos-professor-modesto/

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

200.000 ACESSOS AO BLOG

Muita persistência, muito amor a essa pequena e centenária cidade e uma vontade enorme de guardar a história da nossa gente. 

Sem pressa mas olhos bem antenados e ouvidos sempre à espera de novas informações, vou colhendo cada pequeno fruto dessa caminhada guerreira de abaeteenses.

 

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

E VIVA SANTOS REIS!!!


No dia de Santos Reis faça a simpatia da romã. Veja essa:

Coloque uma romã dentro de um saquinho confeccionado com um pano vermelho e ofereça aos três reis magos: Baltazar, Belchior e Gaspar. Pendure o saquinho atrás da porta e deixe lá o ano inteiro para atrair sucesso profissional e pessoal além de muita riqueza e prosperidade.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

SALVE 2015!!!

2015 começa com muito calor, céu azul, pouco movimento pelas ruas de Abaeté... 

Mas a tardinha veio uma chuva abençoada para lavar as ruas poeirentas, refrescar os nossos lares permitindo um sono tranquilo no primeiro dia do ano.

Salve 2015!!! Salve a chuva!!!