É a região entre os dois rios, por ele chamada de MISF (Mesopotâmia Indaiá- São Francisco).
Sob o pretexto de historiar Dores do Indaiá, traça, holisticamente, a geografia, a história política, a antropologia da região entre os dois rios, concluindo por conectá-la à História de Minas, do Brasil e do Mundo.
A obra nos leva a pensar que, depois dela, nada mais resta a dizer, tão vasta a pesquisa que a precedeu. O autor rastreia as obras por ele manuseadas, ao mesmo tempo em que narra os percalços para chegar a elas, tendo até de se atracar em luta corporal para obtê-las. Já vou adiantar- inutilmente.
Não bastasse o recurso às fontes escritas, palmilhou a região-palco, daí resultando a triste constatação do fim triste: do Quartel São João (como dos demais quartéis, exceto o Quartel Geral); da navegação do Alto-São Francisco; dos índios tamaraicas, caiapós e abaetés; do Diamante do Abaeté, o maior do mundo (que, se existiu, veio do Córrego da Fragata, município de Tiros, não do Abaeté, o rio).
O autor se lança a afirmações categóricas. A cabeça do alferes esquartejado foi enterrada cristãmente perto da lagoa do Quartel Geral- página pungente e dramática sobre o herói nacional. Contesta categoricamente a tradição sobre os fundadores da cidade de Dores.Sublinha a figura abjeta do marido de Dona Joaquina do Pompéu; exalta a figura do capitão Isidoro, autor, entre outras façanhas, de uma reforma agrária na região que sombreia o Indaiá.Demonstra por que somos o pior do pior da civilização brasileira.
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